Aumentam denúncias no Disque Prerrogativas da OAB de Goiás
Goiânia (GO), 23/11/2005 - A Comissão de Direitos e Prerrogativas da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás tem recebido em torno de 35 a 40 denúncias por semana por meio do Disque-Prerrogativas, com plantão 24 horas. Esse aumento, segundo o presidente da Comissão, Celso Gonçalves Benjamin, foi motivado pela distribuição do cartão com o número do disque-prerrogativas a todos os advogados adimplentes.
"Até a distribuição desses cartões, há três meses, a média de denúncias era de dez a quinze por semana. Isso demonstra que a divulgação por parte da OAB-GO tem surtido efeito e que o advogado está mais consciente da importância de denunciar a violação às suas prerrogativas", afirmou Celso Benjamin.
O assunto foi debatido recentemente em Itaberaí (GO), durante seminário realizado pela OAB de Goiás na Subseção da cidade. O seminário faz parte das ações desenvolvidas pela entidade a fim de divulgar a defender as prerrogativas profissionais e conclamar os advogados para que, no exercício da profissão, ajam de acordo com a ética e dentro da legalidade. Outras cidades do interior serão contempladas com o seminário ainda este ano. Entre elas, Inhumas e Goiatuba.
No seminário, o tema “Ética Profissional” foi abordado pelo presidente da Seccional da OAB de Goiás, Miguel Cançado. Segundo ele, falar de defesa das prerrogativas é tão importante quanto a discussão sobre ética profissional. "É por isso que temos percorrido o interior do Estado para abordar esses dois temas, fundamentais para a garantia do Estado Democrático de Direito. O Estatuto da Advocacia e da OAB está permeado de direitos e prerrogativas e de preceitos éticos."
A independência do advogado no exercício da profissão foi outro ponto defendido por Miguel Cançado. Para ele, o advogado deve, em qualquer circunstância, demonstrar liberdade e independência, sem, contudo, se portar como o dirigente do processo ou com uma postura de agressividade. “Não há hierarquia entre advogados, magistrados e outras autoridades, mas é preciso agir dentro da legalidade e de acordo com os preceitos éticos e constitucionais."