Salvador (BA), 11/08/2004 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, afirmou que existem motivos para comemorar hoje (11) o Dia dos Advogados, apesar dos problemas que esses profissionais enfrentam no seu dia-a-dia, principalmente no tocante à violação de suas prerrogativas. “Esse é um profissional que atua ao lado da cidadania brasileira, buscando proporcionar uma vida mais justa, digna e com menos exclusão social”. Roberto Busato está em Salvador, onde participa, ao lado do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella Agnelo, da programação de comemoração da principal data da advocacia.

No Dia do Advogado, Busato ressaltou, ainda, a queda na qualidade do ensino jurídico no País, situação que influencia diretamente a formação e o trabalho do advogado. Segundo o presidente da OAB, hoje o mundo é globalizado, realidade que impõe ao profissional a necessidade de aperfeiçoar constantemente seus conhecimentos.

“Essa é nossa maior preocupação com a nova geração de bacharéis em Direito que deixa as faculdades e é por isso que denunciamos sempre os cursos jurídicos que visam apenas o lucro e a perda da qualidade do ensino de Direito no Brasil”, afirmou Busato. “Pugnamos por uma fiscalização mais rigorosa dos cursos jurídicos em funcionamento e exigimos que o conteúdo ensinado nas salas de aula esteja baseado nas noções de cidadania e na ética. Sem ética não se faz advocacia e não se faz Justiça“.

Durante entrevista, Roberto Busato e dom Geraldo Majella Agnelo deixaram mensagens de felicitações aos advogados. Seguem as íntegras:

Roberto Busato:

“A sociedade brasileira pode confiar na advocacia deste País, que é uma advocacia moderna, bastante estruturada, organizada e de muito valor. O advogado deve prosseguir com os seus estudos, buscar sempre o aperfeiçoamento de sua formação e deve ser, sobretudo, cidadão. O advogado deve ter consciência de que exerce uma função de ‘munus publico’. Acredito que teremos um grande período pela frente, tendo em vista as circunstâncias que se avizinham na OAB e na sociedade brasileira”.

Dom Geraldo Majella:

“É uma grande classe a dos advogados, de expoentes que têm o nome e a vida ligados à missão de defender a paz, promover a Justiça e manter a ordem para que as pessoas vivam tranqüilas, cientes de que lhes é reconhecido o direito à cidadania. Quero saudar muito fraternalmente todos os advogados, os juízes e a aqueles que promovem a Justiça no Brasil. A paz depende da existência da Justiça, depende das pessoas que procuram, por meio de sua profissão, preservar o direito de todos de viver em tranqüilidade”.