Advocacia solidária arrecada fundos para as vítimas das enchentes no Acre
Brasília, 27/02/2012 - A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Acre abriu conta no Banco do Brasil para recolher donativos e ajudar a população atingida pelas fortes chuvas que castigam a região há dias.
Os depósitos devem ser feitos à Agência 3550-5, Conta Corrente 7924-3 (Banco do Brasil).
Após conversar com o presidente da OAB local, Florindo Silvestre Poersch, o presidente nacional da entidade, Ophir Cavalcante, conclamou toda a advocacia brasileira a se solidarizar com a situação no Estado. "Trata-se de uma calamidade em uma região onde as dificuldades costumam ser maiores em razão da distância dos grandes centros do País", disse. "É um motivo a mais para nos preocuparmos, sobretudo com as famílias de baixa renda que estão desabrigadas".
Em gesto de união, representantes da OAB-AC, Associação dos Defensores Públicos do Acre (ADPACRE), Defensoria Pública Geral e Associação dos Procuradores do Estado do Acre (APEAC) trabalham neste momento com a arrecadação de alimentos para os desabrigados. No último fim de semana, os profissionais ficaram distribuídos em supermercados incentivando a doação. A ação conjunta, que foi chamada de "Advocacia Solidária", arrecadou mais de três toneladas de alimentos, além de roupas e materiais de limpeza.
Segundo informações da Defesa Civil, chega a mais de 65 mil pessoas o número de atingidos pelas chuvas que fizeram transbordar o Rio Acre. Na capital Rio Branco, sob estado de emergência desde quinta-feira (16), 1.918 famílias perderam suas casas e estão em abrigos públicos, abrigos não-oficiais e residências de parentes. Em Xapuri, a população está sendo avisada sobre o aumento no volume das águas e carros volantes orientam as famílias.
Relatório parcial elaborado em conjunto pela Secretaria Municipal de Floresta e Agricultura (Safra), Defesa Civil e Governo do Estado aponta prejuízo de cerca de R$12,4 milhões na produção agrária de 16 comunidades rurais de Rio Branco. Principalmente os plantios de mandioca, banana, grãos e frutas se perderam com a alagação dos roçados. Índios Kaxinauwá e Jaminawa também tiveram que deixar suas aldeias e foram transportados para a cidade. Em Assis Brasil outras 149 famílias foram desabrigadas.