Ophir a representantes de micros: faltam políticas públicas de apoio
Brasília, 07/01/2011 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, manifestou hoje (07) apoio ao que classificou de "movimento-cidadão para que o Estado tenha políticas públicas claras de incentivos às micros e pequenas empresas no Brasil". A afirmação foi feita ao receber em seu gabinete a visita do professor Paulo Roberto Feldmann, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP), do empresário Michael Haradom e da advogada Gisela Gorovitz, que defendem a criação de um organismo específico de apoio à micro e pequena empresa no âmbito do governo federal.
Em nome da Associação Latinoamericana de Pequenas e Médias Empresas (Alampyme), o professor Feldmann expôs ao presidente nacional da OAB levantamentos segundo os quais as micros e pequenas empresas, que constituem 93% do universo empresarial brasileiro, respondem por 52,6% dos empregos existentes no País. Por outro lado, são responsáveis por apenas 1,3% das exportações e por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que, para ele, demonstra a falta de uma política do governo brasileiro de incentivo ao expressivo segmento empresarial.
Segundo Paulo Feldmann, na Itália as micros e pequenas representam 41% das exportações e 55,6% do PIB. No que diz respeito ao PIB, essa performance é praticamente repetida na Espanha (50,6% dop PIB), na Grécia (55,6%) e até na Argentina (60%). O grupo informou ao presidente nacional da OAB que prepara um documento a ser entregue ao governo Dilma Rousseff defendendo uma política pública específica de apoio às micros e peequenas empresas.