Faculdades de Direito passarão por auditoria aberta pelo MEC
Brasília, 06/11/2007 - A maioria das faculdades de direito consideradas ruins pelo Ministério da Educação vai sofrer uma auditoria nos próximos meses. Das 89 que tiveram resultados ruins no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 60 não responderam satisfatoriamente ao pedido do MEC quanto a um plano para reestruturação do curso e vão passar por visitas de especialistas. Dessas 60, 28 responderam ao Ministério que, simplesmente, não vêem nenhum problema com seus cursos.
As auditorias são resultado de um "processo de supervisão" aberto pelo Ministério no final de setembro quando, pela primeira vez, foram cruzados os dados do Enade e da prova da OAB. Nesse cruzamento, o MEC descobriu que, das instituições com resultados um e dois no Enade, 37 aprovaram menos de 10% dos seus formandos nas provas da Ordem. No entanto, não apenas essas mas todas as 89 que tinham conceitos ruins no Enade foram notificadas e tiveram 10 dias para apresentar um plano de melhoria dos seus cursos.
Dessas instituições, apenas 23 responderam com um planejamento que o Ministério considerou suficiente. Duas delas pertencem aos sistemas estaduais, fora da jurisdição do ministério. Outras três estão tendo seus resultados no Enade revistos pelo MEC, a pedido das instituições, e uma delas teve o resultado já corrigido para três - o que a tirou da lista. Entre as instituições que questionaram o resultado apontado pelo ministério há todos os tipos de justificativa.