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OAB-RJ critica inércia das autoridades da área de segurança

segunda-feira, 10 de setembro de 2007 às 17h17

Rio de Janeiro, 10/09/2007 - O presidente da Seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damous, divulgou nota hoje (10) lamentando a provável morte do presidente da Associação de Moradores da favela Kelson''s (Penha), Jorge da Silva Siqueira Neto. Na nota, Wadih lamenta a inércia das autoridades da área de segurança e afirma que enquanto o crime organizado dentro das fileiras policiais não for combatido com rigor, não haverá segurança para a sociedade.

O líder comunitário, que foi seqüestrado na sexta-feira, denunciou recentemente integrantes das chamadas milícias. No domingo, a mulher de Jorge teria reconhecido o corpo do marido no Instituto Médico-Legal (IML). A identificação oficial depende do resultado do exame de DNA, já que o corpo encontrado em Campo Grande está carbonizado.

Veja abaixo, a nota na íntegra do presidente da OAB-RJ:

"A OAB-RJ manifesta sua profunda preocupação com o seqüestro e o provável assassinato do líder comunitário Jorge da Silva Siqueira Neto, crime que foi uma verdadeira afronta aos poderes constituídos. Recentemente, Jorge denunciara às autoridades integrantes das mal chamadas milícias - na verdade, meros grupos criminosos e autênticos esquadrões da morte compostos por policiais.

Não há como desvincular a provável morte do líder comunitário das denúncias que fez. E não há como deixar de lamentar a inércia dos chefes da área de segurança pública, que se mostraram incapazes de proteger a vida de um cidadão que ousou denunciar policiais-bandidos.

O recente atentado contra o delegado Alexandre Neto e, agora, o provável assassinato de Jorge Siqueira mostram que não haverá segurança para os cidadãos enquanto o crime organizado dentro das fileiras policiais não for combatido com rigor.

Por fim, a OAB-RJ lamenta profundamente a declaração do governador Sérgio Cabral, responsável maior pelas forças de segurança no estado, lançando suspeição sobre supostas ligações do líder comunitário com o tráfico de drogas, num momento em que o que se exige é a punição dos assassinos e um basta na ação dos grupos criminosos enquistados na polícia."

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