Mensalão: OAB-RJ quer julgamento rápido para evitar prescrição
Rio de Janeiro, 29/08/2007 – O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou hoje (29) esperar que, depois que o Supremo Tribunal Federal acolheu a denúncia feita pelo procurador geral da República contra quarenta acusados por diversos crimes relacionados ao esquema do “mensalão”, as ações penais sejam julgadas rapidamente, de modo a evitar a prescrição. “Desejamos um basta à impunidade, mas desejamos, também, que o Judiciário julgue com a máxima isenção, sem se deixar contaminar pelo clamor punitivo”.
Wadih Damous considerou positivo o fato de o STF ter enfrentado logo a admissibilidade do Inquérito do “Mensalão” (INQ 2245), exame este que levou cinco dias e mais de 35 horas de julgamento. “É do interesse da sociedade que os culpados sejam punidos e que eventuais inocentes sejam absolvidos, mas que isso seja feito de forma célere”, afirmou Damous.
Entre os que deverão responder a processo criminal, conforme a denúncia do procurador geral da República, Antonio Fernando Souza, estão o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República Luiz Gushiken, ex-parlamentares, executivos do alto escalão do Banco Rural, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha), o grupo do publicitário Marcos Valério (acusado de ser o operador do esquema), o deputado João Paulo Cunha (crime de peculato) e o deputado federal José Genoino (PT-SP), este último pelo crime de corrupção ativa.