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Britto: direitos humanos deveriam estar no dia-a-dia das pessoas

quarta-feira, 22 de agosto de 2007 às 13h11

Atlanta (EUA), 22/08/2007 – A importância da garantia dos direitos humanos deveria ser ensinada nas escolas e nos cursos de graduação, uma vez que são direitos que deveriam estar presentes no dia-a-dia e na consciência de todos os profissionais, não só os da advocacia. Esse foi o consenso a que chegaram o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, e os diretores do Instituto de Direitos Humanos da Universidade de Emory, David Davis e Edward Queen, que estiveram reunidos hoje (22) na sede do Instituto, em Atlanta. Na ocasião, Britto conheceu os programas da entidade que buscam encorajar a formação em torno dos direitos humanos por meio de programas educacionais, pesquisas e de conscientização comunitária na capital da Geórgia.

Apesar de estar ligado à Universidade de Emory e de receber fundos das faculdades, o Instituto desenvolve, de forma autônoma, programas interdisciplinares na área dos Direitos Humanos e com foco na comunidade. Os professores do Instituto são os da própria Universidade, que coordenam cursos, pesquisas e estágios no campo dos direitos humanos, já tendo enviado alunos para estágios e pesquisas de campo em outros países.

Outro campo de atuação do Instituto é o auxílio prestado a refugiados que foram vítimas de tortura em seus países e buscam asilo nos Estados Unidos. No Instituto, refugiados (principalmente da Somália, Etiópia, Libéria e países asiáticos) recebem ajuda para reunir as provas médicas de que sofreram tortura, orientações e acesso a advogados para que possam formular os pedidos oficiais de obtenção de asilo político pelos EUA. Segundo informações transmitidas a Britto, Atlanta é hoje um dos maiores centros de refugiados no País, devido, principalmente, ao amplo tráfego em seu aeroporto.

“Entendemos que direitos humanos não deveriam ser tratados como uma simples disciplina destinada a um diploma em separado, mas ensinamentos que fizessem parte da rotina e atuação de todas as pessoas”, afirmou David Davis, que colocou o Instituto à disposição da OAB para futuros intercâmbios educacionais entre membros do Instituto e advogados brasileiros.

Ainda na reunião de hoje, Cezar Britto relatou aos diretores do Instituto de Direitos Humanos as principais mazelas do Brasil nesse campo, tais como o trabalho escravo em várias regiões do país e o trafico ilegal de pessoas destinadas tanto à mão de obra escrava quanto para fins sexuais. Britto convidou, ainda, os membros do Instituto a participar da próxima conferência de direitos humanos da OAB, que será realizada no início do próximo ano, no Pará.

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