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OAB condena intimidação da PF contra jornalistas de Veja

terça-feira, 31 de outubro de 2006 às 20h44

Salvador (BA), 31/10/2006 – O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, condenou hoje (31), de forma veemente, a intimidação denunciada por três jornalistas da revista Veja – Julia Duailibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro – durante depoimentos prestados a um delegado da Polícia Federal que apura o vazamento de informações sobre o dossiê que petistas tentaram comprar durante a eleição presidencial, de autoria da chamada Máfia dos Sanguessugas, contra políticos da oposição à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O comportamento do delegado, pelo relato dos jornalistas, foi inaceitável dentro de um Estado democrático e quando estamos saindo de uma eleição. Nós, da OAB, temos denunciado constantemente estes meios truculentos utilizados às vezes pela Polícia Federal contra jornalistas e também contra advogados, enfim, contra os cidadãos brasileiros”, criticou Busato.

O presidente nacional da OAB fez estas declarações após abertura do 50º Congresso da União Internacional dos Advogados, realizado no Teatro Castro Alves, cerimônia da qual participou também o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, além dos presidentes das Seccionais da OAB da Bahia, Dinailton Oliveira, do Rio de Janeiro, Octávio Gomes, ex-presidentes e diversos conselheiros federais da entidade e advogados de mais de 80 países. Busato disse esperar que o ministro da Justiça apure os fatos denunciados pelos três jornalistas de Veja – o que foi prometido em entrevista pelo ministro Thomaz Bastos.

Roberto Busato sustentou que “a liberdade de imprensa deve ser preservada, pois esse é um ícone do Estado democrático de Direito e não pode de forma nenhuma ser arranhado”. Ele lamentou que o constrangimento que teria sido praticado contra os jornalistas pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira “venha a macular o clima de festa, quando estamos saindo de uma eleição”. E concluiu: “Isso é um absurdo, uma atitude que depõe contra o espírito de conciliação que devemos encontrar daqui pra frente, terminada a disputa eleitoral”.

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