Menu Mobile

Conteúdo da página

OAB: tráfico de influência de Dirceu na Telebrás precisa ser explicado por Lula

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 às 11h50

Brasília, 24/02/2010 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje (24), durante entrevista, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve uma explicação à sociedade brasileira sobre as denúncias de que o ex-ministro José Dirceu teria recebido R$ 620 mil de um dos sócios da Eletronet, principal grupo empresarial que deve ser beneficiado caso a Telebrás seja reativada, conforme reportagens publicadas pela Folha de S. Paulo. Um plano de reativação econômica da Telebrás foi anunciado semana passada pelo presidente Lula. A empresa funcionou por muitos anos como "holding" estatal das telecomunicações no País antes das privatizações nesse setor. "O governo Lula não pode ficar com essa pecha, essa acusação de tráfico de influência de um seu ex-ministro, e precisa dar uma explicação à sociedade brasileira neste momento".

"A Ordem vê com preocupação as denúncias feitas contra José Dirceu, que está afastado deste governomas que tem uma ligação com o mesmo e como Partido dos Trabalhadores, do qual continua sendo uma grande liderança, como é fato público e notório, inclusive noticiado durante recente encontro nacional do PT", observou o presidente nacional da OAB ao ser indagado sobre as notícias de que o ex-ministro de Lula, atual consultor de empresas, tem um cliente que pode ser o maior beneficiado pela nova Telebrás.

Indagado por jornalistas, Ophir Cavalcante disse que, a princípio, entende que não seria necessário a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito ( CPI), como cogitam alguns parlamentares no Congresso Nacional, para investigar a possível influência de José Dirceu nos planos de recuperação da Telebrás para beneficiar um cliente. "Qualquer CPI precisa ter objeto certo, determinado; por isso, numa primeira avaliação, creio que não seria necessário",ponderou. "Mas o Congresso Nacional é soberano e, uma vez recolhendo as assinaturas necessárias, pode investigar. Ademais, toda investigação - seja de uma CPI, do Ministério Público ou da Polícia - é bem-vinda e demonstra o fortalecimento das instituições eque elas estão funcionando. Neste momento, o que se precisa é ter tranqüilidade para que a se possa avançar e afastar essa pecha da corrupção que tanto agride a todos nós".

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres