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OAB: morte de Lyda tornou luta contra regime militar "irreversível e vitoriosa"

quinta-feira, 27 de agosto de 2009 às 14h45

Brasília, 27/08/2009 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, lembrou hoje (27), por meio de nota divulgada à advocacia, os 29 anos da morte de Lyda Monteiro da Silva, secretária do Conselho Federal da OAB que faleceu após abrir uma carta-bomba produzida nos porões da ditadura e destinada à Presidência da entidade, à época sediada no Rio de Janeiro. Na nota, Britto afirma que a funcionária foi vítima fatal de ataques do período da ditadura militar e ressalta que sua morte serviu de emblema e motivação à advocacia brasileira "para tornar aquela luta - contra o regime militar - irreversível e vitoriosa".

Ao se referir à explosão da bomba, Cezar Britto lembra que o país ficou chocado, mas não se intimidou. "Foi, ao contrário, momento decisivo para redobrar o vigor na luta nacional pela redemocratização, que tinha na OAB sua principal trincheira".

A seguir a íntegra da nota do presidente nacional da OAB, Cezar Britto:

"A História de um país é feita de lembranças que não se apagam - não podem se apagar, pois marcam e simbolizam lutas coletivas, e frequentemente sintetizam o espírito heróico de um tempo.

Assim foi com a morte trágica, há 29 anos, nos estertores do regime militar, de Lyda Monteiro da Silva, secretária do Conselho Federal da OAB, cuja sede funcionava no Rio de Janeiro, atingida por uma carta-bomba, produzida nos porões da ditadura.

Naquele mesmo dia, duas outras bombas atingiam dois outros alvos igualmente emblemáticos: a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e a redação do jornal "Luta Operária".

O país ficou chocado, mas não se intimidou. Foi, ao contrário, momento decisivo para redobrar o vigor na luta nacional pela redemocratização, que tinha na OAB sua principal trincheira.

Dona Lyda, 60 anos, funcionária exemplar, foi a única vítima fatal daqueles ataques. Sua imolação serviu de emblema e motivação à advocacia brasileira - e à sociedade civil -, para tornar aquela luta irreversível e vitoriosa.

Na ocasião, o Conselho Federal - presidido por Eduardo Seabra Fagundes e tendo como vice Sepúlveda Pertence - declarou o 27 de agosto o Dia Nacional de Luto dos Advogados. E assim é.

Nesta data, a cada ano, o Conselho Federal da OAB rende homenagem à memória de sua funcionária, mártir da redemocratização, e renova o compromisso de seu Estatuto no cumprimento da missão de zelar pelas instituições republicanas e defender os fundamentos do Estado democrático de Direito.

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