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Vladimir: seguro-resgate é mercado criado pela insegurança pública

terça-feira, 28 de outubro de 2008 às 11h03

Brasília, 28/10/2008 - O presidente em exercício do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Vladimir Rossi Lourenço, afirmou hoje (28) que a criação do seguro-resgate, para proteção a vítimas de seqüestro, já autorizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), só foi possível devido à grande insegurança pública que toma conta do País. Ele lamentou que esse "novo mercado" esteja sendo aberto no País em razão da falta de segurança para os cidadãos. "Quando a insegurança passa a gerar lucro para o setor privado, é porque o prejuízo já alcançou o Estado e, por decorrência, todos nós, lamentavelmente", advertiu Vladimir Rossi.

O presidente em exercício da OAB Nacional lembrou que segurança pública é dever de Estado e responsabilidade de todos os cidadãos. "Não pode e não deve servir de objeto de negócios", criticou ao avaliar a autorização da Susep, autarquia do governo federal que regulamenta o setor. "Conquanto encontremos opiniões divergentes acerca da possibilidade de comercialização no Brasil desse tipo de seguro, se pode contribuir ou não para o aumento desse tipo de delito, o de extorsão mediante seqüestro, não se pode deixar de lamentar o fato de a insegurança pública no País estar abrindo um novo mercado", afirmou.

Vladimir Rossi ressaltou, nessa linha, a importância de iniciativas como o movimento deflagrado pelo Conselho Federal da OAB, intitulado Brasil contra a Violência, para fazer frente ao quadro de insegurança e propor ações para melhoria da segurança no País. Ele lembra que o movimento "está em pleno vigor e entra agora em sua segunda fase, a de cobrança da implementação das sugestões feitas pelos diversos fóruns realizados nos Estados brasileiros".

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