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OAB-SE diz que proliferação de curso jurídico é "calote social"

sexta-feira, 6 de julho de 2007 às 15h20

Aracaju (SE), 06/07/2007 – O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sergipe, Henri Clay Andrade, afirmou hoje (06) que a proliferação de cursos jurídicos no Brasil é sinônimo de “calote social”, numa crítica veemente à ampliação desenfreada de faculdades de Direito no Estado e no resto do País. “O Ministério da Educação (MEC) não considera a situação socioeconômica do Estado na hora de autorizar a abertura de um novo curso. O mercado está saturado”, desabafou Henri Clay. “Alguns cursos lesam a sociedade. É uma enganação”.

Em Sergipe, segundo relatou o presidente da OAB sergipana, existem onze cursos de Direito, ofertados por sete instituições de ensino. A mais recente é a Faculdade Pio Décimo, que recebeu autorização do Ministério da Educação no mês passado para funcionar. Dados fornecidos pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Universidades Tiradentes (Unit) - as únicas que já formaram turmas de Direito - revelam que, juntas, colocaram no mercado sergipano 1.060 bacharéis do Direito nos dois últimos anos, sendo 183 da UFS e 877 da Unit.

Henri Clay vai além em sua avaliação quanto aos cursos de Direito no País. Para ele, muitos estudantes investem no curso objetivando participar de concursos públicos, mas as faculdades não os preparam a contento. Segundo o presidente da OAB-SE, a formação ruim oferecida pela grande quantidade de cursos de baixa qualidade é percebida nos altos índices de reprovação dos Exames de Ordem e nos resultados de concursos para as carreiras da magistratura e do Ministério Público, que não conseguem preencher a totalidade de vagas ofertadas.

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