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Cotas raciais: Thomaz Bastos sai em defesa de política na Conferência da OAB

quinta-feira, 24 de novembro de 2011 às 10h14

Curitiba (PR), 24/11/2011 - O membro honorário vitalício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ex-ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, saiu hoje (24) em defesa da adoção da política de cotas raciais nas unidades de ensino superior do País em painel realizado na programação da XXI Conferência Nacional dos Advogados, no Centro de Convenções ExpoUnimed, em Curitiba. Para o renomado advogado, a adoção dessa política se faz necessária para corrigir desvios históricos cometidos no passado, especialmente com os negros. "Trata-se do resgate de uma condição histórica".

O tema foi debatido por Thomaz Bastos com o senador Demostenes Torres (DEM-GO), que defende a implantação no país das cotas sociais ao invés das raciais. Thomaz Bastos ainda relatou durante o painel os argumentos que utilizou em prol da política de reserva de vagas para negros, quando atuou como defensor da Universidade de Brasília (UnB) na ação ajuizada pelo Partido Democratas no Supremo Tribunal Federal, que arguiu a inconstitucionalidade da medida. O painel foi aberto pelo presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante.

O ex-ministro apresentou o caso da UnB, que adota as cotas para negros e índios desde 2004, acrescentando que a universidade é um espaço de formação de profissionais de maioria esmagadoramente branca. "Ao manter apenas um segmento étnico na construção do pensamento dos problemas nacionais, a oferta de soluções se torna limitada", afirmou.

Na Conferência, Thomaz Bastos ainda destacou a diferenciação que se percebe na advocacia desde à época em que presidiu o Conselho Federal da OAB (de abril de 1987 a abril de 1989) até os dias atuais. Segundo ele, a advocacia hoje não se restringe mais à prática da profissão. "O advogado hoje funciona como a voz da cidadania, a única voz que temos para denunciar desmandos e atos de irregularidade neste país".

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