Vice-presidente da OAB critica lentidão da Justiça em Goiás

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005 às 11:00

Brasília, 25/02/2005 – O vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristoteles Atheniense, informou aos advogados de Goiás que uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial em 133 países situou a Justiça brasileira como a trigésima mais lenta do mundo. Ainda segundo essa mesma pesquisa, em se tratando de execuções, o Brasil é um dos países onde se cobra uma dívida com mais dificuldade.

As informações foram dadas por Aristoteles durante a cerimônia de abertura do XIII Colégio de Presidentes de Subseções de Goiás, que será realizado até amanhã (26) na Pousada do Rio Quente (GO). Aristoteles representou o Conselho Federal da OAB na reunião por designação do presidente nacional da entidade, Roberto Busato.

“Isto tudo tem um significado muito grande para nós, que queremos um processo rápido, mas não queremos uma Justiça apressada”, explicou o vice-presidente da OAB. “Tudo aquilo que é feito às pressas não oferece resultado satisfatório. Há, portanto, uma distinção entre Justiça célere e uma Justiça apressada”.

Também participaram da cerimônia de abertura do encontro o presidente da Seccional da OAB de Goiás, Miguel Cançado; membros da diretoria da Seccional; o presidente da Subseção de Caldas Novas, Amiral de Castro Coelho; o presidente da Subseção de Catalão, José Roberto Ferreira Campos; e o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás, Daylton Anchieta Silveira.

Na ocasião, Miguel Cançado manifestou sua preocupação com a Reforma do Judiciário e defendeu o cumprimento das prerrogativas profissionais dos advogados. “Precisamos mostrar à sociedade que prerrogativa profissional não significa privilégio nosso, assim como temos de dizer que o artigo 133 da Constituição Federal não é uma dádiva que tenhamos recebido do legislador”, afirmou ele, explicando que o maior beneficiado com a manutenção dessas prerrogativas é o cidadão brasileiro.

“O amplo direito de defesa, consagrado na Constituição, só se faz pleno com a nossa participação porque sem o advogado a Justiça inexiste”. O XIII Colégio de Presidentes de Subseções, que teve início na última quinta-feira, reúne até amanhã os representantes das 36 Subseções da OAB de Goiás.