Alberto Toron manifesta repúdio à visita do presidente do Irã ao Brasil

Brasília, 20/10/2009 - O secretário-geral adjunto do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Alberto Zacharias Toron, manifestou hoje (20) durante reunião do Pleno da entidade, seu veemente repúdio à visita oficial ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, marcada para o próximo dia 23 de novembro. Descendente direto de perseguidos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, Toron afirmou que não poderia deixar de registrar "o repúdio ao convite que o governo fez para visitar o nosso Brasil o ditador iraniano, que nega o Holocausto, que nega a ocorrência histórica do massacre nazista que vitimou mais de 6 milhões de pessoas entre judeus, ciganos, homossexuais, comunistas, maçons".

"Não posso me silenciar, não posso me calar, sem externar o meu repúdio, como filho de ex-perseguidos pelo regime nazista", salientou o secretário-geral adjunto da OAB Nacional. "A irmã de meu pai foi morta em Auschwitz pelos nazistas; a filha dela, minha prima, também foi exterminada em Auschwitz", acrescentou, referindo-se ao maior e mais terrível campo de concentração da Alemanha nazista na Segunda Guerra. Toron disse que apresentava seu voto de repúdio à visita do presidente do Irã "com tranqüilidade e dentro do espírito de fraternidade que norteia a OAB, e, portanto, não posso aceitar que um homem que nega o fato histórico do holocausto, da maior significação para a história da humanidade, seja convidado para visitar o Brasil".