OAB-RS estuda punição para advogado-radialista

terça-feira, 26 de junho de 2007 às 11:32

Porto Alegre, 26/06/2007 - O presidente da OAB do Rio Grande do Sul, Claudio Lamachia, disse que a entidade está estudando novas medidas para interpelar o advogado-radialista de São Paulo Jonas Greb, que, em programa de rádio do último dia 4, véspera do jogo entre Grêmio e Santos, incitou a violência entre as torcidas e ofendeu os gaúchos com palavras de baixo calão. Os insultos atingiram até mesmo a Brigada Militar. Através de ofício, Lamachia já pediu à Seccional paulista da Ordem para que o caso seja analisado sob a ótica do Código de Ética da Advocacia. Além disso, o dirigente está verificando as possibilidades de que sejam tomadas providências quanto ao episódio pelo Ministério Público de São Paulo.

Repudiando as "graves e lamentáveis" declarações de Greb, que foram ao ar no programa "Santos sempre Santos", da Rádio Trianon AM 740, o presidente da OAB gaúcha destaca, no ofício, que as palavras do advogado-radialista "incitaram a violência de forma absolutamente irresponsável", além de desrespeitar "de forma incisiva o povo gaúcho". O comentário está disponibilizado em vários blogs e pode ser ouvido também no site youtube.com, pesquisando-se a partir do nome. Conforme a sua Assessoria de Comunicação, a OAB-SP já determinou a abertura de procedimento ético, e o advogado Jonas Greb será notificado para apresentar defesa preliminar.

No programa, o comentarista esportivo chega a dizer que "se eles (os gaúchos) dizem que querem se separar do Brasil, que se separem. Não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil. Eles não servem para serem brasileiros". Há, no entanto, colocações ainda mais injuriosas. Além de torcedor do Santos e advogado, Greb foi candidato a deputado estadual pelo PSC em 2006. O presidente da OAB-RS frisou, ainda, que o esporte tem que servir como ferramenta de integração entre os agentes da sociedade, sempre de forma pacífica e dentro dos limites da lei. "O esporte não deve, de maneira alguma, ser usado para provocar a violência", afirmou Lamachia.