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OAB exalta força da advocacia sertaneja na abertura do III Encontro da Advocacia do Sertão

quinta-feira, 10 de outubro de 2019 às 12h16

Cajazeiras (PB) – Teve início na manhã desta quinta-feira (10) o III Encontro Nacional da Advocacia do Sertão, promovido pela OAB Nacional em parceria com a seccional paraibana e com a subseção de Cajazeiras. Centenas de advogados de todo o Nordeste prestigiaram a abertura do evento, marcada por várias homenagens.

O hino nacional foi executado pelo Sexteto Sanfônico de Cajazeiras, que em seguida homenageou a advocacia nordestina e a população da região ao som de Asa Branca e outras composições típicas do Nordeste brasileiro. A advogada e poetisa Mariana Teles recitou versos sobre a força da advocacia sertaneja. 

O vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana, falou em nome do Conselho Federal da OAB. “Todo brasileiro tem dentro de si um sertão, mesmo que não se dê conta disso. A vida me deu a chance de ter um pé no recôncavo baiano, por meu pai, e um pé no sertão baiano, por minha mãe. O que unifica advogados e advogadas tão diferentes nesse país continental é exatamente a prática profissional. Nisso, todos se igualam ao se deparar com a falta de estrutura, de recursos humanos e de boa vontade”, apontou.

Viana afirmou que as prerrogativas dos advogados servem para dizer às autoridades o que elas não querem ouvir. “Para falar o que a elas seria bom aos ouvidos, seríamos sempre aplaudidos e não necessitaríamos de prerrogativas profissionais. O advogado tem as prerrogativas que lhe são próprias para fazer o melhor trabalho possível. Há peculiaridades ainda mais marcantes quando as varas são mais distantes dos centros de poder, e o sertão aí se encaixa, com a tendência mais forte aos abusos de poder. Por isso é dever resistir e lutar”, disse. 

O presidente OAB-PB e coordenador do colégio de presidentes, Paulo Maia, revelou que seu contato com a advocacia sertaneja era pequeno antes de presidir a seccional, mas que aprendeu rapidamente a admirar o trabalho realizado pelos profissionais que atuam na região e reconhecer a importância de apoiar essas advogadas e esses advogados. “Foi por conhecer os homens e as mulheres que estão nas comarcas de primeira instância, sofrendo com ausência de juízes, com a ameaça de extinção das comarcas, com a dificuldade de alvarás que não saem, que desbravam as fronteiras e as distâncias entre as cidades não entregando os pontos, para além das adversidades climáticas, e enfrentam as dificuldades de ser advogado no sertão da Paraíba, que eu disse que o Encontro Nacional da Advocacia do Sertão tinha de ser em Cajazeiras”, declarou ele.

O presidente em exercício da subseção da OAB de Cajazeiras, Jone Pereira, falou em nome da advocacia local. “Como filho da cidade, digo que Cajazeiras se orgulha e se envaidece em receber o evento. Neste momento, encontra-se aqui a melhor representatividade da advocacia nacional, oriunda de mais de 20 estados. Verão que o advogado sertanejo tem uma dinâmica de humildade e muito trabalho, cercada de desafios e encantos”, apontou. 

Além dos citados, compuseram a mesa de abertura o membro eleito pela a advocacia para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Marcos Vinicius Jardim Rodrigues; o deputado estadual Jeová Campos; o prefeito municipal de Cajazeiras, José Aldemir Meireles; a presidente da subseção da OAB de Souza (PB), Adélia Marques Formiga; o defensor público estadual, Aloísio Humberto da Silva; e o presidente da Fundação de Ensino Superior de Cajazeiras, Francisco de Sales.


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