Brasília, 01/08/2007 – O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, classificou hoje (01) como “mais um descalabro” a situação da pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Para Britto, tanto a pista de Guarulhos quanto os serviços prestados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) têm um ponto em comum: estão desfigurados e próximos do desuso. “Restaurar um pressupõe restaurar o outro, independentemente da ordem, e essa restauração é imperiosa”, afirmou Britto.

A pista principal do aeroporto de Guarulhos, com 3.700 metros e vinte anos de uso, está com a capa de rolamento gasta. Apesar de não ter passado pelas reformas que estavam previstas para ter início em 23 de julho, a pista do aeroporto passou a receber inúmeros vôos que foram transferidos do aeroporto de Congonhas, também na capital paulista, desde o acidente envolvendo o Airbus da TAM.

O presidente da OAB cobrou, ainda, que a Anac apresente um levantamento urgente das condições das outras pistas de aeroportos brasileiros, uma vez que já se começa a falar na existência de várias outras pistas aeroportuárias sem condições de funcionamento. “Se as pistas dos dois maiores aeroportos do Brasil – Congonhas e Cumbica –, onde há um fluxo gigantesco de aviões, passageiros e pessoas, estão com problemas, imagine só como deve estar o estado das pistas dos aeroportos que são mais desconhecidos da sociedade”, lembrou Cezar Britto, destacando que a Anac tem a responsabilidade de zelar pelo estado e fiscalização das pistas de pouso e decolagem dos aeroportos brasileiros.

“Depois desses erros todos, o cidadão brasileiro pode confiar na fiscalização que está sendo feita pela Anac?”, questionou o presidente da OAB.