Com adesão do Simpi, 34 entidades apóiam manifesto da reforma

sexta-feira, 09 de fevereiro de 2007 às 08:57

Brasília, 09/02/2007 - Mais uma entidade solicitou adesão ao "Manifesto por uma Reforma Política Ampla, Séria e Democrática", subindo para 34 o número de entidades que apóiam o documento capitaneado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), entidade que representa cerca de 200 mil empresários desse segmento, anunciou hoje (09) seu apoio ao documento, que expressa o anseio da sociedade brasileira pela aprovação de uma ampla e eficaz reforma política, além de apresentar diversas reivindicações da cidadania.

Novo signatário do manifesto, Joseph Couri entende que a reforma política pode redirecionar o País para um projeto sério de médio e longo prazo e acabar com o que ele chama "distanciamento de muitos políticos da realidade brasileira". O presidente do Simpi afirmou, ainda, esperar que a reforma política coloque em cena finalmente a fidelidade partidária e uma maior definição de perfis ideológicos no quadro partidário brasileiro, tornando mais nítidas e transparentes as opções políticas para a sociedade brasileira. E acrescentou: "Uma reforma política é hoje, portanto, muito importante exatamente para que haja um comprometimento mais profundo dos políticos com os rumos do País".

Entre as medidas que as entidades reivindicam no manifesto, estão o desbloqueio e a ampliação dos instrumentos de democracia direta e participativa - consagrados no artigo 14 da Constituição Federal - e a correção de graves distorções do sistema de representação popular, citando, entre elas, a irresponsabilidade dos eleitos perante seus eleitores e o abuso de poder econômico durante as campanhas eleitorais.

No documento, as 34 entidades afirmam também que, diante da estagnação da economia, do acentuado endividamento público do País e do insuportável aumento da carga tributária, que gera imensas desigualdades sociais, a sociedade defende uma união nacional visando a uma ampla e urgente reforma das instituições e costumes políticos. Para as entidades, tal reforma deve se dar "no sentido republicano da supremacia absoluta do bem comum do povo sobre todo e qualquer interesse próprio de partido, grupo, setor ou corporação".

Além da OAB, e agora do Simpi, outras entidades expressivas da sociedade já são signatárias do manifesto, tais como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Força Sindical e Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), entre outras que exigem uma reforma política ampla, séria e democrática.