OAB-TO quer fechar cursos de Direito sem qualidade

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007 às 07:25

PALMAS (TO), 17/01/2007 - Os cursos de Direito do Tocantins, assim como os do Amapá e de Roraima, não foram contemplados com o selo OAB Recomenda, dado a 87 cursos entre os 322 analisados pela entidade máxima da advocacia em todo o país. O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Tocantins, Ercílio Bezerra, promete trabalhar para convencer o Ministério da Educação a fechar os cursos que não apresentam a qualidade esperada e buscar a melhoria daqueles que já formaram turmas.

"Nos traz preocupação porque a qualidade do ensino ainda não chegou no ponto ideal. Há uma grande carência de profissionais para ministrar aulas e isso reflete para a deformação do ensino jurídico no Tocantins", afirma Ercílio Bezerra.

No Tocantins, apenas os cursos que já formaram turmas foram analisados pela OAB, o que exclui diversas faculdades que mantêm cursos ainda não autorizados pelo Ministério da Educação (MEC). Na análise da OAB, entraram os cursos das duas maiores universidades do Estado, a Ulbra e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), além de uma universidade no município de Gurupi e outra em Colinas do Tocantins.

Segundo o presidente da OAB-TO, há um número elevado de cursos de Direito no Estado, gerando "uma mercantilização" face aos grandes lucros obtidos pelas faculdades.