OAB-RJ será implacável no cumprimento do código de ética

sábado, 22 de julho de 2006 às 07:58

Rio de Janeiro, 22/07/2006 – O presidente da Seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) vai enviar ofício na próxima semana à Polícia Federal pedindo informações sobre o suposto envolvimento de sete advogados do Rio, acusados de fazer parte de um esquema de corrupção que favorecia particulares e cometia crimes contra a administração pública e a administração da Justiça. Eles foram presos nesta sexta-feira durante a Operação Cerol, deflagrada pela PF, que cumpriu 17 mandados de prisão temporária e 43 de busca e apreensão.

O Tribunal de Ética da OAB-RJ analisará a documentação encaminhada pela PF e, dependendo das provas apresentadas, poderá abrir imediatamente inquérito ético-disciplinar. "A Ordem será implacável no seu objetivo de cumprir o Código de Ética e resguardar a dignidade da advocacia", assegurou o presidente da entidade, Octavio Gomes.

Na quinta-feira, o Conselho Seccional da OAB-RJ expulsou 17 advogados que respondiam a processos ético-disciplinares e já tinham sido suspensos três vezes por faltas graves, o máximo permitido pela entidade. "Essa medida mostra para a sociedade que o estatuto da Ordem é rigoroso. Cometeu infrações graves por três vezes é rua. Acabou", disse Octavio Gomes.

O presidente da Ordem afirmou que a maioria dos 1,2 mil processos que tramitam hoje na seccional da OAB-RJ refere-se a problemas éticos nas relações com os clientes. "Mas esses processos, na maioria, são arquivados porque não fica constatado nenhum desvio de conduta do advogado. Não temos ligações de advogados com o crime organizado", declarou.