Conferência nacional vai debater envelhecimento, equidade e participação democrática
A defesa do envelhecimento digno e participativo estará no centro da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CONADIPI), que será realizada em Brasília, de 16 a 19 de dezembro de 2025. O encontro reunirá representantes do poder público e da sociedade civil para discutir políticas públicas e estratégias que garantam dignidade, diversidade e participação social às pessoas idosas.
Com o tema “Envelhecimento Multicultural e Democracia: urgência por Equidade, Direitos e Participação”, a conferência busca fortalecer o compromisso do país com a defesa dos direitos das pessoas idosas e com a ampliação da equidade entre diferentes grupos sociais.
Para o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, a iniciativa reforça a importância de políticas voltadas ao envelhecimento digno. “Garantir um envelhecimento digno é fortalecer a cidadania. A OAB apoia toda iniciativa que promova respeito, proteção e participação das pessoas idosas na vida pública”, afirmou.
Promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI) e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), o evento discutirá cinco eixos principais: financiamento das políticas públicas, proteção à saúde e ao cuidado, combate à violência, participação social e fortalecimento dos conselhos de direitos.
A 6ª CONADIPI é precedida por etapas municipais, estaduais, distrital e livres, que funcionam como espaços de debate e formulação das propostas que serão apresentadas na etapa nacional. Mais informações sobre o calendário e as formas de participação estão disponíveis no site oficial do evento.
Envelhecimento como direito coletivo
O Brasil conta com mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 15,8% da população. Esse grupo é diverso e abrange diferentes realidades — mulheres e homens de várias origens étnicas, pessoas LGBTQIAPN+, quilombolas, indígenas, populações do campo e das águas, além daquelas em situação de rua ou privação de liberdade.
A conferência reafirma que o envelhecimento é um direito coletivo e deve ser tratado como prioridade pública. O evento propõe um diálogo nacional que valorize as múltiplas formas de envelhecer e incentive a participação social como pilar da democracia.
A população é convidada a contribuir com ideias e propostas, reforçando que a escuta e o protagonismo das pessoas idosas são fundamentais para a construção de políticas mais justas, inclusivas e humanas.