Aristoteles: Arx tinha coragem e amor pela humanidade

Brasília, 07/01/20005 – O vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristoteles Atheniense, afirmou hoje ao comentar a passagem do primeiro aniversário de morte do ex-conselheiro federal Arx Tourinho, que ele foi “um homem de fé dotada de extraodinária percepção em tudo que realizou, fazendo da vida um sonho permanente, tornando-a mais útil aos seus semelhantes que a si mesmo”. Segundo Aristoteles, que saudou a figura impar de Arx durante a XIX Conferência Nacional dos Advogados, em Florianópolis, o advogado baiano tinha um vocação “em deter-se no exame de assuntos, que reclamavam coragem, paixão pela vida e amor pela humanidade”.

Eis a mensagem do vice-presidente nacional da OAB:

“Na noite de 6 de janeiro de 2005, ao chegar em Zagreb na Croácia, fui colhido pela notícia de que Arx Tourinho nos deixara em tragico desastre de acidente automobilístico. Custei a acreditar que perdera o grande amigo, colega estimado, sempre presente em tudo o que de mais importante ocorrera no Conselho Federal ao longo de sua frutuosa atuação.

Coube-me a honrosa missão de exaltá-lo na solenidade de abertura na Conferência Nacional de Florianopolis. Discorri sobre a sua incontida vocação de enfrentar os grandes temas nacionais. Assim procedia com inexcedível talento, atravessando o território do medo e sobrepondo-se aos penhascos das dificuldades. A sua maior genialidade não vinha somente da cultura acadêmica ou do conhecimento profundo dos temas a que se consagrou. Mas, sim, de sua disposição vocação em deter-se no exame de assuntos, que reclamavam coragem, paixão pela vida e amor pela humanidade.

Arx Tourinho foi um homem de fé dotada de extraodinária percepção em tudo que realizou, fazendo da vida um sonho permanente, tornando-a mais útil aos seus semelhantes que a si mesmo.

Hoje, neste dia de Reis igualmente distante do nosso Brasil não poderia omitir-me em relação a sua morte que o torna ainda presente, em razão dos incontáveis exemplos de grandeza que nos legou, fazendo lembrar Martin Luther King no seu memorável discurso proferido em agosto de 63 para uma grande multidão, do alto do Memorial Lincoln ao discorrer sobre a igualdade e a justiça.

"Quando deixarmos o sino da liberdade tocar em qualquer vilarejo ou aldeia de qualquer estado, de qualquer cidade, neste dia estaremos prontos para nos erguer".Assim, como o grande líder negro, Arx Tourinho, fazendo lembrar o seu conterrâneo Dorival Caimi partiu sereno, ainda que tragicamente. Pois como todo homem de bem "nunca precisou dormir para sonhar".