Para OAB, controle do MP minimiza frouxidão administrativa

quarta-feira, 17 de novembro de 2004 às 10:28

Brasília, 17/11/2004 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, considerou perfeitamente adequada a criação de um controle externo também para o Ministério Público. Segundo Busato, nunca um organismo se viu tão frouxo em termos administrativos e de controle interno. “O Ministério Público dá autonomia plena a seus membros e isso tem trazido algumas situações altamente desagradáveis, como o fato de alguns integrantes do MP oficiarem por meio da imprensa, em vez de oficiarem dentro do processo”, afirmou Busato, que considera que o Ministério Público teve um avanço fenomenal desde a edição da Constituição Federal.

Veja, na íntegra, o pensamento do presidente nacional da OAB sobre a aprovação do controle para o Ministério Público:

“Considero a aprovação da criação de um controle também para o Ministério Público perfeitamente adequado. Nunca um organismo se viu tão frouxo em termos administrativos e de controle interno. O Ministério Público dá autonomia plena a seus membros e isso tem trazido algumas situações altamente desagradáveis, como o fato de alguns integrantes do MP oficiarem por meio da imprensa, em vez de oficiarem dentro do processo. No Paraná, temos visto bem esse tipo de acontecimento e é em função deles que o Congresso Nacional acabou incluindo o Ministério Público dentro do controle externo. Esse controle estará focado também na parte administrativa, visando assegurar o funcionamento ético e eficiente desse grande instrumento democrático que é o Ministério Público. Na minha opinião, o MP é uma instituição fantástica, que teve um avanço fenomenal desde a edição da Constituição. Apenas houve um certo desmando administrativo, que agora poderá ser colocado na rota com a criação desse controle do MP”.