Presidente da CNDH vê tentativa de intimidar a advocacia
Brasília, 29/10/2004 - O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da Ordem dos Advogados do Brasil, Edísio Simões Souto, afirmou hoje (29) que o atentado contra o escritório de advocacia do conselheiro federal da OAB por Pernambuco, Aluísio José de Vasconcelos Xavier, em Recife, “foi em verdade uma tentativa de intimidação à advocacia brasileira”. Atos como este, para ele, devem ser “veementemente repudiados pela sociedade porque a advocacia jamais pode ser intimidada, pois quando alguém atenta contra a advocacia está atentando também contra a cidadania e a democracia”.
Edísio Souto, que é também conselheiro federal da OAB pela Paraíba, qualificou seu colega Aluísio Xavier, ex-presidente da OAB de Pernambuco, como “profissional do melhor quilate e de reputação seríssima, pessoa extremamente respeitada naquele Estado e em todo o País”. Ele supõe que o conselheiro que teve seu escritório atingido por 28 disparos, realizados supostamente por dois homens conforme as primeiras testemunhas, “estivesse fazendo algum trabalho que talvez passasse a perspectiva de contrariar algum interesse de alguém, que resolveu então tentar intimidá-lo”.
Mas, segundo ele, a advocacia brasileira não se deixará intimidar por esse ato. “O advogado brasileiro não concebe cidadania e democracia sem uma advocacia brava, guerreira, forte, assim como não se intimida com essa tentativa de enfraquecer a advocacia do doutor Aluísio, a advocacia de Pernambuco e do Brasil, por meio desse ato condenável”, afirmou Souto. Ele disse esperar que as autoridades policiais encontrem os autores do atentado e os entreguem à Justiça para a devida punição.