OAB consegue acabar no CNJ com "meia" justiça criada por desembargadores em Goiás
Brasília, 06/12/2011 - Após a Assembleia Legislativa de Goiás, hoje (06) foi a vez do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil e em decisão unânime, colocar um ponto final na "meia justiça" criada pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás. Com a decisão do CNJ, fica sem efeito a Resolução de agosto último do TJ-GO que alterou a jornada de trabalho dos servidores da Justiça estadual para sete horas ininterruptas e estabeleceu novo horário de funcionamento do Judiciário goiano: das 12h às 19 horas. Representando o presidente Ophir Cavalcante, esteve presente ao exame da matéria o diretor-tesoureiro da OAB, Miguel Ângelo Cançado.
Ao usar a tribuna do órgão de controle externo do Judiciário para criticar a medida tomada pelos desembargadores de Goiás, o presidente da Seccional goiana da OAB, Henrique Tibúrcio, afirmou que "não se admite que um dos poderes da República, talvez o mais demandado pela população, fique fechado metade do dia. Não precisamos de meia Justiça. Na verdade, estamos precisando de uma Justiça e meia, que seja ampliado o período de atendimento e não reduzido", pondera. Para Miguel Cançado, a decisão do CNJ é uma vitória da advocacia e da sociedade porque é fundamental que o Poder Judiciário funcione no horário tradicional, ou seja, das 8h às 18h.