Marcus Vinicius quer reforma política e redução dos gastos de campanha
Brasília, 29/03/2011 - "Ou o Brasil faz uma reforma política que diminua os gastos de campanha ou teremos o falecimento da atividade política com a completa perda de credibilidade dos políticos". A afirmação é do secretário-geral da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho e foi feita durante seminário promovido pela Seccional da entidade no Piauí sobre a importância da reforma política no país. A campanha política está muito cara. Qual a origem desses recursos? Qual a intenção de quem financia?" indagou o secretário-geral da OAB.
Ele criticou ainda a quantidade de partidos e candidatos. "Estamos em situação de perplexidade. Temos 27 partidos políticos em um quadro ideológico em que talvez 7 ou 8 fossem necessários. Nosso atual sistema permite 600 candidaturas a deputado estadual. 600 contas, campanhas e propagandas a fiscalizar no estado inteiro. Não há como a Justiça Eleitoral fiscalizar campanha no quadro atual. Não há como o eleitor entender. Dentro da perplexidade, vota no Tiririca e elege 6 em lista oculta", argumentou ao defender a lista fechada, à qual prefere chamar de lista da transparência.
Furtado Coêlho criticou ainda uma possível reforma política que não seja atrelada a uma reforma partidária. "Fala-se pouco sobre a visão dos partidos e eles não podem ser menosprezados", frisou. O dirigente da OAB foi um dos fortes defensores à proibição de doações feitas por empresas a candidatos. "O que vão cobrar em troca?", concluiu.