Ophir quer CNJ monitorando processo da Chacina de Unaí, que faz 7 anos

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010 às 07:32

Brasília, 16/12/2010 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, vai requerer a intervenção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para  o monitoramento e julgamento do processo sobre a Chacina de Unaí (MG), que trata do caso dos três auditores fiscais do Trabalho e um motorista assassinados naquele município há 7 anos, quando realizavam  inspeção sobre trabalho escravo em fazendas de plantação de feijão. Ophir recebeu hoje (16) em seu gabinete dirigentes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), presidido por Rosângela Rassy, a quem informou sobre a decisão de levar o caso à corregedora Nacional do CNJ, ministra Eliana Calmon.


Os dirigentes do Sinait reclamaram da demora no julgamento do processo, que tramita no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região e indicia inclusive políticos influentes de Unaí entre mandantes do crime. O caso completa  7 anos no próximo dia 28 de janeiro, data da chacina contra os auditores fiscais e seu motorista por pistoleiros. Para o presidente nacional da OAB, "o mínimo que se pode esperar diante de um caso destes,  que trata do assassinato de agentes estatais que exerciam legitimamente funções, em defesa da dignidade do trabalhador , é que ele seja julgado". Segundo ele, a impunidade não pode prevalecer no país, nem nesse caso nem em nenhum outro, em desfavor da imagem da Justiça brasileira.