OAB-SE cobra de Marcelo Deda providências quanto à fuga de empresário ligado ao crime

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008 às 07:23

Aracaju, 25/12/2008 - O presidente da Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), Henri Clay Andrade, voltou a garantir que o governo Marcelo Déda tem duas obrigações morais frente a mais uma fuga do empresário alagoano acusado de vários crimes, Floro Calheiros Barbosa. O presidente da OAB garante que houve corrupção e o Estado precisa não apenas recapturar o foragido como também identificar quem facilitou a sua fuga e punir os responsáveis.

"Prender Floro Calheiros é uma questão de honra para o Estado, pois a credibilidade da segurança pública está posta em xeque. A segunda é, de uma vez por todas, se ter vontade política, administrativa e coragem para identificar os responsáveis por essa facilitação. Há corrupção no sistema. É preciso identificar o foco da corrupção. Os bandidos da corte", afirmou Henri Clay Andrade, em entrevista ao Jornal da Ilha, na manhã de ontem.


O presidente considera como um fato muito grave a informação e entende que não pode faltar seriedade na investigação. A juíza Maria Fátima Barros não determinou a internação do "paciente" Floro Calheiros, mas apenas a sua ida ao médico para um atendimento. "Ora, se a juíza não determinou quem determinou? Quem fez, como fez e por qual motivo? Uma linha ótima de iniciar a investigação. É só querer. Não é difícil identificar o responsável. Ela também disse: "eu sequer sabia que Floro Calheiros estava internado no São Lucas". Isso é muito grave", entende.


Segundo Henri Clay, caso o governo não consiga eliminar o foco de corrupção que existe hoje na Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, ficará constantemente sendo desmoralizado publicamente. "E eu tenho certeza que isso não passa pela conivência do governador do Estado.


É claro que todo governante quer acertar. É bom para o governante e ótimo para o Estado. Estou dizendo no sentido de contribuir para acertar".