Britto: Jamelão foi a voz de milhões de excluídos

sábado, 14 de junho de 2008 às 11:22

Brasília, 14/06/2008 - Ao lamentar hoje (14) a morte do intérprete e presidente de honra da Mangueira, no Rio de Janeiro, José Bispo Clementino dos Santos, o popular Jamelão, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, afirmou que a advocacia brasileira se associa às homenagens porque ele foi "um símbolo cultural brasileiro, e fez do seu canto a voz e a expressão de milhões de excluídos, semeando arte e poesia em 95 anos de vida intensamente vivida". Segundo Britto, Jamelão tornou-se "o menestrel do povo, encarnando em sua personalidade o humor e a criatividade dos cariocas, ofuscados hoje pela multiplicidade de problemas que afligem a cidade." Britto e Jamelão tinham algo em comum: o Vasco da Gama.

Segue o comentário do presidente nacional da OAB:


"Jamelão foi um símbolo cultural brasileiro. Fez do seu canto a voz e a expressão de milhões de excluídos, semeando arte e poesia em 95 anos de vida intensamente vivida. Um exemplo de fé e resistência, de crença na vida e nos valores da paz e da fraternidade. A adversidade material em que nasceu transmutou-a em canções imortais, que povoaram o imaginário de sucessivas gerações de brasileiros. Tornou-se o menestrel do povo, encarnando em sua personalidade o humor e a criatividade dos cariocas, ofuscados hoje pela multiplicidade de problemas que afligem a cidade. Sua morte entristece a todos, pois representava o que de melhor e mais precioso possui o povo brasileiro: a alegria, o talento e a espontaneidade. A advocacia brasileira associa-se às homenagens que em todo país hoje evocam a memória do grande Jamelão".