Brasileiro toma posse no COADEM

segunda-feira, 13 de outubro de 2003 às 06:03

Brasília, 13/10/2003 – Tomou posse nesta segunda-feira, na sede do Conselho Federal da OAB, a nova direção executiva do Colégio e Ordens de Advogados do Mercosul, COADEM.

Desde que foi criado em 1993, esta é a segunda vez que o COADEM será dirigido por advogados brasileiros, designados pela Ordem dos Advogados do Brasil: Sergio Ferraz (presidente), Alberto de Paula Machado (secretário executivo) e Paulo Sérgio Mazzardo (tesoureiro). Já são delegados permanentes no COADEM os advogados Luiz Antonio de Souza Basílio e José Bento Vidal. Sergio Couto é coordenador de projetos institucionais.

Prestigiaram a solenidade o ex-presidente Abel David Robles (Argentina), Humberto Granada (delegado pela Argentina), Daniel Andrade (ex-secretário executivo, Argentina), Diana Moralejo (ex-tesoureira, Argentina), Ronald Herbert (presidente do Colégio de Abogados do Uruguai), Marco Garcia Claro (vice-preisdente do Colégio de Abogados de Bolívia).

Sergio Ferraz afirmou que a posse da nova diretoria ocorre em momento tão promissor quanto preocupante. “Tempos duplamente promissores, para começar. Em primeiro plano porque a gestão do eminente presidente Abel David Robles se revestiu de tal dinamismo, ampliando os horizontes do COADEM e aprofundando os alicerces de sua implantação, que nosso colégio do Mercosul se transformou num marco irreversível da grande obra, que a nós todos cabe, de aperfeiçoamento e crescente integração da advocacia de nosso continente. E, em segundo plano, promissores tempos ainda porque, com os novos ventos políticos que sopram no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, no Chile e na Bolívia, o Mercosul volta a ser uma força-idéia, um escudo de proteção e esperança, capaz de evitar que outras alianças regionais poderosas e os interesses hegemônicos de nações ricas sangrem à exaustão as já tão profundas veias da unidade latino-americana”.

A expansão do terrorismo político-ideológico traz preocupação, segundo Sergio Ferraz, na medida em que o problema tem sido enfrentado com a diminuição das garantias individuais e o crescente cerceamento à atuação dos advogados. Lembrou, ainda, que na onde da liberação do comércio mundial, patrocinada pela OMC, a advocacia européia e norte-americana vem invadindo o terreno profissional arduamente conquistado pelos advogados sul-americanos.

“Lutaremos, juntos, por dois anos difíceis, em busca de um horizonte menos carregado. Juntos, também, corações e mentes unidos, desdobraremos dedicados esforços para generalizar no continente a matrícula obrigatória dos advogados em seus Colégios, para edificar um colégio de Ética a todos nós comum, a pesquisar e assegurar o estabelecimento de padrões qualitativos mínimos para os cursos jurídicos no Mercosul, a consagrar o exame de ordem para a advocacia continental, tudo isso com vistas à criação de um espaço único para o exercício profissional dos advogados de nossas nações irmãs: o Mercosul”.