Bandidagem desafia as autoridades em Mato Grosso, diz OAB-MT

Cuiabá (MT), 08/01/2008 – “A bandidagem demonstra não se intimidar e, ao que parece, está desafiando as autoridades em Mato Grosso, notadamente, a segurança pública”. A afirmação foi do presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Mato Grosso, Francisco Faiad, ao lamentar a seqüência de crimes ocorridos em Cuiabá nesta segunda-feira. Ontem à tarde, a OAB-MT precisou intervir, como entidade de defesa das garantias constitucionais e humanas, para debelar o assalto com refém numa das avenidas mais movimentadas de Cuiabá, a Rubens de Mendonça.

Na ocasião, três assaltantes armados mantinham um funcionário da empresa Vermelhinho Cópias, como refém. Eles invadiram a loja após um assalto frustrado contra uma mulher que saiu de uma agência bancária minutos antes. Acuados, os ladrões invadiram a empresa, anunciaram outro assalto, pegando dois funcionários como reféns. Um refém foi liberado logo em seguida. Com os direitos assegurados, os bandidos se entregaram.

Foram momentos de tensão, segundo o presidente da OAB-MT, e que deixam a sociedade preocupada. “A insegurança e o medo estão presentes no dia-a-dia do cidadão. Perdemos a tranqüilidade”, lamentou Faiad, em que pese os números da violência no ano passado, comparativamente ao ano anterior, terem apresentado uma queda representativa.

Pela manhã, policiais militares do 10º Batalhão, prenderam dois adolescentes de 15 e 17 anos, além de Jony Ricardo dos Santos da Cruz, 19, por tentativa de roubo a uma agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Um revólver calibre 38 foi apreendido. Um dos adolescentes mantinha uma arma apontada para a cabeça do vigilante da agência dos Correios.

Ainda segundo o presidente da OAB mato-grossense, os crimes em seqüência que vêm sendo registrados na grande Cuiabá “estão a exigir, urgentemente, uma atitude firme e dura por parte das autoridades governamentais”. O presidente da OAB-MT foi mais longe: “A sociedade está esperando uma resposta exemplar para essa situação”, acrescentou.