Artigo: Ano novo? Ações velhas

sábado, 05 de janeiro de 2008 às 08:01

Natal (RN), 05/01/2008 – O artigo “Ano novo? Ações velhas” é de autoria do presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Norte, Paulo Eduardo Teixeira:

“O ano de 2008 se iniciou com uma perspectiva de um Brasil melhor, com a esperança de que medidas favoráveis à população seriam tomadas. Ledo engano. Quando todos já se mostravam derrotados, uma luz sinalizava em tons claros, anunciando que teríamos um ano novo, recheado de novas e boas ações, em que o governo federal iria rever as suas atitudes e planos, e por conseqüência, realizar as reformas esperadas. Fim do primeiro dia. O governo não resistiu e nos enviou uma péssima notícia, apesar das últimas promessas do Presidente da República de que não haveria novos impostos.

Mais uma vez o governo federal perde a oportunidade de promover a reforma tributária esperada por todos e resolve frustrar a população brasileira, e o que é mais grave, aumentando tributos. Diante dessa situação fica mais uma vez a indagação: qual o motivo do governo federal não promover de uma vez por todas a reforma tributária? Quem efetivamente pode responder? Impossível entender a postura do governo e somente ele tem a resposta. As ações mostram que o discurso é bastante diferente da prática.

O que se sabe, isto nenhum brasileiro tem dúvidas, é que nenhuma novidade ou novas esperanças trouxe o governo atual para os próximos dias. Ano novo, ações velhas. Mesmos métodos, semelhantes atitudes e a idéia igual a do passado, ou seja, a reprodução das ações praticadas pelos governos anteriores, de que melhor é criar impostos, aumentar alíquotas, e sequer pensar em reduzir os gastos públicos.

A receita, dizem os economistas, é preciso gastar menos e melhor, sendo necessário, principalmente, gastar com qualidade e responsabilidade. Sacrificar a população cobrando a fatura é uma demonstração total de incompetência, e revela que as ações não visam beneficiar à população. O aumento de impostos não é, e nunca foi a solução para o problema, pelo contrário, é um desestímulo à produção e ao crescimento.

Como já destacado, a receita é gastar com responsabilidade e reduzir despesas. Penso que o melhor remédio seria anunciar a redução dos gastos públicos antes de qualquer outra medida, sendo mais simpática e positiva. Portanto, esperam-se ações e medidas que visem estimular o crescimento do país, contudo eliminando de uma vez por todas a idéia de que criar e aumentar impostos é o rumo certo para o sucesso da economia. Ano novo? Não. O ano não começa com boas perspectivas para a população, porém com velhas ações.”