OAB e “MS contra Violência” entregam propostas a três Poderes

sábado, 10 de novembro de 2007 às 10:48

Campo Grande (MS), 10/11/2007 – Depois de três dias da “Conferência MS Contra a Violência – Superação da Violência e Promoção da Cultura da Paz” em que especialistas da sociedade civil e poder público debateram problemas da segurança pública, foi entregue, no final da tarde dessa sexta-feira, um relatório final com propostas aos representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Mato Grosso do Sul para a implantação de uma política pública de segurança. As medidas vão da prevenção à repressão à violência e criminalidade em todos os seus níveis. Receberam o documento e assinaram um protocolo de compromisso o secretário de Justiça e Segurança do Estado, Vantuir Francisco Brasil Jacini, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Jerson Domingos, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador João Carlos Brandes Garcia, e o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho.

A união da sociedade e o poder público contra a violência foi destacada pelo presidente da OAB-MS, Fábio Trad, durante o ato de entrega do relatório final às autoridades: “Diante da violência banalizada que assola o estado ao vivo e através da mídia, a sociedade, enfim, reagiu, não com a força do ímpeto, nem tão pouco com a irracionalidade da ira, pois vingança é um verbo que não se conjuga com sabedoria. Reagiu de forma serena, madura e, sobretudo, democrática. Não só criticando as autoridades, mas oferecendo propostas para a prevenção e combate à violência”. Trad frisou que o Movimento MS contra a Violência “não é da OAB, mas de toda a sociedade”, que esteve representada nesta conferência por 87 entidades organizadas.

Reforçando a importância do ato, Fábio Trad alertou que “se a sociedade de Mato Grosso do Sul não agir agora, daqui a dez anos será como o Rio e São Paulo, enfrentando a violência fútil e banal que atinge seres humanos”. Neste sentido, o presidente da OAB-MS destacou que, além de apresentar proposta, essa mesma sociedade fará “marcação cerrada” a partir de 2008, para cobrar ações, através de um Fórum Permanente reunindo representantes dos diversos segmentos que representam a população.