OAB-PR constata condições desumanas de presos em Paranaguá

quarta-feira, 24 de outubro de 2007 às 07:06

Curitiba (PR), 24/10/2007 – Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná constataram a ocorrência de condições desumanas de vida dos presos que se encontram na Cadeia Pública de Paranaguá. Insalubridade, falta de ventilação, disseminação de doenças e superlotação das celas foram os principais problemas verificados. O resultado da vistoria fará parte de um relatório, a ser entregue em breve pela Comissão, para que a OAB-PR possa tomar providências. Com 206 presos e capacidade para apenas 27, a Cadeia Pública de Paranaguá foi palco de dois motins só neste mês.

“A situação é realmente degradante e desumana. Os presos estão amontoados em cubículos, que, com o calor, se transformam em verdadeiros fornos”, relata a secretária da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR, Isabel Kugler Mendes. De acordo com a advogada, a situação também expõe a perigo os próprios funcionários da cadeia e a comunidade que vive no entorno da prisão.

A Comissão foi informada ainda que, esta semana, 16 presos - entre os quais duas mulheres - serão transferidos para outro local. Uma das medidas apontadas na delegacia como possível solução seria o aluguel de um imóvel exclusivo para os setores administrativos da cadeia, destinando todas as salas do prédio atual para a acomodação dos presos. Dessa forma, o solarium, que hoje é coberto por uma lona e ocupado pelas mulheres detidas, também ficaria liberado para os demais presos.