Britto contesta Mantega e afirma que social devia ter prioridade

terça-feira, 04 de setembro de 2007 às 03:38

Brasília, 04/09/2007 – O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, afirmou hoje (04) que o governo, além de tentar transformar em definitiva a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), “busca também perpetuar a idéia de que no Brasil só se resolvem os problemas sociais aumentando impostos, o que é tremendamente errado”. Britto criticou duramente a ameaça do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao falar hoje na Comissão da Câmara que analisa a prorrogação da CPMF, de que os programas sociais brasileiros podem ficar comprometidos caso não seja aprovada a cobrança desse tributo até 2011.

“O problema da CPMF não é de destinação, é o vício de origem: ela nasceu para ser temporária e se transformou em definitiva. Agora, se quer perpetuar essa idéia de que só se resolve os problemas sociais com aumento de impostos e não com o saneamento de finanças, com destinação de recursos prioritários para a área social”, sustentou o presidente nacional da OAB.

Cezar Britto observou que o governo brasileiro fez hoje opção prioritária para gerar superávit primário e destinar recursos arrecadados para pagamento de juros. “Então, o que não se pode é aceitar que só se resolve questões sociais aumentando impostos, pois, na nossa avaliação, deveriam ser destinados recursos orçamentários prioritariamente a essa atividade, porque a atividade social é razão de ser do Estado”, afirmou.