Menu Mobile

Conteúdo da página

OAB-RJ apóia proposta de presídios separados para jovens

sexta-feira, 30 de março de 2007 às 15h37

Rio de Janeiro, 30/03/2007- O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, apoiou hoje (30) um dos caminhos apontados pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para combater o aumento da criminalidade: usar presídios separados para jovens entre 18 e 23 anos, distantes dos demais condenados. "Ele mostrou um bom caminho que pode ser seguido; não devemos misturar jovens presos que cometeram um pequeno furto com detentos mais velhos, que cometerem crimes graves ou são reincidentes", disse Wadih. Os jovens, segundo o presidente da OAB-RJ, ainda podem ter uma perspectiva de recuperação, de recomeço de vida, "e não podemos tirar-lhes essa possibilidade, que é uma chance para a própria sociedade".

Wadih participou da aula inaugural do curso de Direito, proferida por Tarso Genro na Universidade Candido Mendes, no Centro. Ao final da cerimônia, o ministro, em entrevista, disse que a situação de violência no Rio de Janeiro não se resolverá com medidas de curto prazo: "Se a sociedade não compreender que nada vai melhorar de imediato, teremos um aprofundamento da barbárie. Precisamos integrar, conectar as políticas de segurança pública com as políticas sociais para alcançarmos resultados de médio e longo prazos.

Há no Brasil de 12 a 14 milhões de jovens que não estudam e não trabalham, vivendo em setores onde se reproduz a criminalidade. Temos que ver a questão da segurança pública com foco territorial, etário e social", afirmou Tarso. Wadih concordou, e acrescentou que é preciso também que se proponham alternativas para o sistema prisional, onde há um déficit de 700 mil vagas - além de 550 mil mandados de prisão não cumpridos.

No que se refere a menores infratores, o presidente da OAB-RJ defendeu a cobrança, pela sociedade, das medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente para assegurar educação, saúde e profissionalização. "Há setores da sociedade cobrando apenas as medidas repressivas, o endurecimento da legislação. Temos todos que cobrar também as políticas sociais que não foram implantadas. É absolutamente fundamental que isso seja feito", afirmou Wadih.

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres