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OAB recebe apoio de governador do Maranhão na luta pela da reparação da escravidão negra

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 às 06h00

O presidente da Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil da OAB Nacional, Humberto Adami, esteve na última semana com o governador do Maranhão, Flávio Dino. Durante o encontro, Adami, acompanhado pelo presidente da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra da OAB-MA, Erik Moraes, tratou da questão da reparação da escravidão e do projeto para instalação do Museu do Negro do Maranhão.

O governador manifestou seu apoio às pautas trazidas pelos representantes da OAB. Adami, que é também presidente da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra da OAB-RJ e da Comissão de Igualdade Racial do Instituto dos Advogados Brasileiros, salientou a importância do apoio do governador para as questões levadas a ele num momento em que autoridades têm questionado aspectos históricos consolidados.

“Espero que outros governadores entrem nessa pauta da reparação da escravidão. Tanto na pauta nacional, como a parceria com as comissões estaduais da OAB e com as parcerias que temos com os Institutos Federais, que têm muita capilaridade. Fico muito satisfeito de poder realizar essa campanha da comissão nacional em parceria com as comissões estaduais e espero ampliar isso”, disse ele.

Segundo o presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB-MA foram apresentados os trabalhos já realizados pelo grupo, assim como propostas de parceria e apoio, bem como de projetos. “Através da criação do Museu da Escravidão, o governo do Maranhão firma o compromisso com a OAB de trabalhar em parceria na reparação da história do negro. Seria o primeiro museu da Escravidão do Brasil”, disse Moraes.

Adami falou ainda da organização que tem sido feita pela comissão nacional para levar a pauta da reparação da escravidão negra para a Conferência Nacional da Advocacia, que será realizada em 2020. “É um tema muito importante e essencial para sabermos o que será a nação brasileira no futuro. Não há como pensar Brasil sem encarar de frente a escravidão negra, sua reparação e questão da dívida histórica, ainda que esse tema acarrete preconceito e rejeição”, afirmou ele.

Nesse sentido, o presidente da comissão incentivou que os heróis negros sejam lembrados e trazidos para os espaços de notoriedade. “Aproveito para pedir que as pessoas, os advogados, juízes, promotores, militantes e ativistas do movimento negro levem para dentro das representações da OAB da sua localidade as histórias de todos os heróis negros que tenham atividade conhecida e que possam ser trazidas. Que procurem estabelecer contato com as comissões da verdade da escravidão negra da Ordem. Com isso, teremos lembrados uma série de heróis que estão esquecidos”, declarou ele.

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