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Brasil tem mais cursos de medicina que EUA e China

sexta-feira, 24 de agosto de 2007 às 11h27

Brasília, 24/08/2007 - Na última década, o número de cursos de medicina no país aumentou de 80 para 169. Os Estados Unidos tem 125 faculdades desse tipo e, na China, são 150. Os números são do vice-presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto Luiz Dávila, que participou nesta quinta (23), em Brasília (DF), de audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. Essa comissão analisa o Projeto de Lei 65/03, do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que proíbe a criação de cursos de medicina e a ampliação de vagas nas graduações existentes, nos dez anos seguintes à aprovação da proposta.

O objetivo do projeto é evitar a formação de médicos em instituições de má qualidade, que seria resultado da proliferação dos cursos de medicina. Dávila concorda com a proposta do deputado Chinaglia e declarou que as faculdades brasileiras fizeram da saúde um comércio. "Nós já sabemos que a formação será deficiente, porque não tem biblioteca, não tem hospital de ensino, não tem os requisitos mínimos - sem falarmos na formação ética e humanística desses alunos."

Por outro lado, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo, José Lúcio Martins Machado, disse que não há evidências científicas de que os cursos criados nos últimos dez anos sejam piores do que os criados nos últimos 30, nem de que sejam orientados por interesses mais mercantilistas.

Machado também disse que a falta de hospitais-escola não é um problema apenas dos cursos recentes e lembrou que as faculdades sempre fizeram convênio com hospitais para os alunos terem experiência prática.(As informações são da Agência Câmara)

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