Uma comissão encarregada de elaborar anteprojeto para um novo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, composta de Nehemias Gueiros, relator, Themístocles Marcondes Ferreira, Alberto Barreto de Melo, C. B. Aragão Bozano, J. M. Mac-Dowell da Costa e C. A. Dunshee de Abranches, apresentou o seu trabalho em maio de 1956. Aprovado por unanimidade, o anteprojeto deveria ser encaminhado ao ministro da Justiça, com a sugestão de que fosse remetido ao Congresso Nacional, como projeto governamental.

Na posse de Nehemias Gueiros na presidência da OAB, em 11 de agosto de 1956, houve a presença, inédita até aquela data (e que só viria a se repetir em 1998, na posse de Reginaldo Oscar de Castro), no recinto da Ordem, de um presidente da República. Juscelino Kubitschek de Oliveira, acompanhado do ministro da Justiça, Nereu Ramos, compareceu à solenidade e assinou mensagem ao Congresso, encaminhando como projeto do governo, sem nenhuma alteração, o anteprojeto do Estatuto aprovado pelo Conselho Federal da OAB, que tramitou por seis anos e foi alvo de muitas tentativas de modificação. Em outubro de 1960, foi discutido o parecer do deputado Pedro Aleixo ao projeto do Estatuto da Ordem, constatando-se que houve inovações no tocante aos atos privativos dos advogados, e o Conselho decidiu pleitear a aprovação do projeto em sua forma original. Em 29 de novembro, o Conselho tomou conhecimento de que a Câmara votara o projeto, que seria enviado ao Senado. O Estatuto da Ordem – Lei n.º 4.215 - recebeu sanção em 27 de abril de 1963, sendo comemorado no Conselho o início da vigência em sessão de 11 de junho, com pronunciamento de Nehemias Gueiros, relator da comissão de implementação. 

Com a entrada em vigor do novo Estatuto, procedeu-se, a 15 de outubro de 1963, à eleição para os novos cargos criados na diretoria do Conselho Federal: vice-presidência, subsecretaria e tesouraria.